O Instituto de Terras do Piauí (Interpi) realiza nesta terça e quarta-feira, 2 e 3 de dezembro, o I Congresso Científico do Interpi (Cinterpi), um evento inédito no estado que marca um novo capítulo na relação entre pesquisa acadêmica, produção científica e políticas públicas de regularização fundiária. Com o tema “Avanços e Desafios da Regularização Fundiária”, o congresso inaugura um espaço permanente de reflexão, troca de conhecimento e fortalecimento das práticas que sustentam o desenvolvimento territorial do Piauí. A programação acontece no auditório do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina.
A iniciativa pioneira do Governo do Estado, conta também com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e da Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex), e patrocínio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), reunindo pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais da área em um ambiente híbrido, com participação presencial e acesso remoto para todo o país.
De acordo o Interpi, a realização do evento evidencia o nível de maturidade institucional do órgão, que nos últimos anos deixou de ser apenas executor de ações administrativas para se tornar objeto de estudo em diversas universidades brasileiras, devido aos avanços técnicos, metodológicos e tecnológicos aplicados à política fundiária do Piauí.
A comissão científica, coordenada pelo diretor de Sistemas e Inteligência Geoespacial do Interpi, Rhubens Ribeiro, recebeu 60 trabalhos submetidos, dos quais 54 foram aprovados e 6 serão premiados como destaques. Toda a produção será publicada nos anais do congresso e em um livro científico, consolidando o evento como referencial documental e acadêmico sobre regularização fundiária no Brasil.
Para Rhubens Ribeiro, o impacto do congresso é estrutural: “O volume e a qualidade dos trabalhos recebidos mostram que o Interpi entrou definitivamente na agenda acadêmica do país. Este congresso não é apenas um encontro, é a abertura de um ciclo de produção científica que influenciará pesquisas em geotecnologias, gestão territorial, povos e comunidades tradicionais, meio ambiente e políticas públicas de regularização fundiária nos próximos anos”, destaca o coordenador.
O diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante, reforça que o evento atende a uma demanda histórica por um espaço científico institucionalizado. “O Cinterpi representa um marco para a pesquisa e o desenvolvimento da regularização fundiária no estado. É uma oportunidade única para que pesquisadores e estudantes compartilhem conhecimento, discutam desafios e avancem na produção científica que impacta diretamente a vida das pessoas e a gestão territorial do Piauí. Estamos institucionalizando a ciência como ferramenta de transformação e aprimoramento da política fundiária”, argumenta o diretor.
O congresso conta também com uma exposição comemorativa pelos 45 anos do Interpi, reunindo documentos, mapas, fotografias e marcos institucionais que narram a trajetória do órgão e seu papel no ordenamento territorial do estado.
Programação
2 de dezembro – Hoje
• 15h – Palestra Magna: “Regularização Fundiária como Alicerce ao Desenvolvimento Sustentável”, com o Prof. Dr. Fonseca Neto
• 17h – Painel 1: Perspectivas Jurídicas para a Regularização Fundiária no Piauí
• 18h30 – Painel 2: Desenvolvimento Social, Agricultura Familiar e Povos e Comunidades Tradicionais
3 de dezembro – Amanhã
• 14h – Painel 3: Impactos do Financiamento a Projetos de Regularização Fundiária e aspectos ambientais e sociais nas regiões do semiárido, meio-norte e cerrado
• 15h30 – Painel 4: Economia, Meio Ambiente e o Setor Produtivo no Piauí
• 17h30 – Painel 5: Eficiência, Tecnologias, Gestão e Engenharias na Regularização Fundiária
• Encerramento – Premiação dos 6 trabalhos de destaque









